O vento gelado contornava sua face.
Arrastava levemente a areia
Por debaixo do balanço
Que para trás e para frente
Levava seu corpo...
As folhas, caídas no chão do quintal
Amontoavam-se sob seus pés descalços
E escondiam pouco a pouco
Suas pegadas na terra úmida.
A mente, viajava muito mais além
Que seus olhos vazios, opacos...
Ultrapassava a realidade,
Beirava o abismo dos sonhos.
A loucura não fugia da normalidade.
Junto às nuvens cinzas,
Ao frio, à nudez...
O cenário construía-se calmamente.
A monotonia daquele momento
Trazia à tona grande mistura de emoções,
Confusões do pensamento,
Estabilidade do corpo!
Enquanto o embalo desacelerava,
Sua mente estacionava naquilo
Que lhe fazia bem.
Tudo o que se via ao redor
Agradava...
As mil faces expressas por debaixo da face superficial
Formava o conjunto do coração
E da melancolia passageira...
Algo obstruía essa vontade de viver,
Faltava apenas essa liberdade...
Bastava apenas QUERER!
(Gabriel Diniz, Belém-PA.2012.Oquepensoagora.blogspot.com)
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