Nutre a alma com tua essência...

sábado, 17 de dezembro de 2016

Inumerável



Um, dois, três...,
Noites em claro,
Silêncio quebrado,
Quatro, cinco, seis...
De quem será a vez?

Podem correr, se lamentar
Não tem como escapar,
Com tanto ódio e ganância
Alguém sobreviverá?

No meio da fumaça,
Vultos rastejando,
Cai dinheiro do céu
E sangue derramado no chão
Na guerra não tem perdão

Será velho, adulto ou criança?
Sete, oito, nove...
Vidas se foram em vão
Por tanto ódio do homem
Que quer ter sempre razão...


Caem bombas do céu,
Caem lágrimas no chão,
Um suspiro na fumaça
E fogo no portão
Será que existe a Redenção?






segunda-feira, 28 de novembro de 2016



Há de se renovar
Quando as folhas caem...

Há de se segurar
Quando tudo balança
E os olhos fechados
Exigem concentração.

Não é tão fácil
O cérebro querer
Desligar no meio de tudo,
Não é tão fácil
Não errar...

Tudo encontra o seu lugar
E ficar parado não dá,

As folhas caem
E eu preciso plantar.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Valente, nada mole!



Grande menino...
Conquistador,
Tão nobre,
De grande valor...

Da delicadeza de uma flor,
Com a coragem de um lutador.
A bravura era mais esplêndida
Que a riqueza exterior...

Tantas vezes quiseram lhe pisar,
Tiraram-lhe suas forças
As asas para voar,
Fecharam seus olhos
E nada haveria para enxergar...

Pobre menino,
Pisado, 
Caído,
Á beira do abismo...

Sua única riqueza
É o coração enorme.
E Vive como pode,
Valente, nada mole!

Destemido,
Corajoso,
Sonhador...
De causar inveja 
À quem tinha tudo,
Menos amor!

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Velocidade da luz



               Sirvo-me de um café quente enquanto escrevo aqui... Os segundos passam tão depressa que o hoje não existe mais, e nem a idade passada... tudo muda... o café esfria, e a cada gole, um sabor excepcional de vida. Passos meus olhos em cada estação para ver o que me espera se eu descer deste trem chamado tempo. Será que eu perderei muito, caso escolha o ponto errado? Ou tirarei a sorte grande? Já é noite e logo mais dia, e então logo será noite outra vez... Um ciclo na velocidade da luz pra se esperar tanto sem arriscar. O peso das consequências tem valor sobre decisões futuras, a experiência vale mais que arriscar às cegas... Será? O céu está azul, sem nuvens, mas se chover enquanto eu mudar? Não é de todo mal se um dia me molhar, estarei sorrindo como qualquer um que deseja um banho de chuva!

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Julgamento



Para muitos, ainda importa a cor da pele, as escolhas alheias, os julgamentos ao próximo, ainda importa quem beija quem numa simples novela das nove, ainda importa o que cada um veste, o que cada um faz para se sentir bem. Ainda cabe ao próximo decidir pela gente. Até quando?

Até quando a hipocrisia gritará aos quatros ventos os nossos "acertos" e os nossos "erros"? Até quando um mero mortal vai querer ter os olhos de Deus sobre o próximo? Até quando ladrões serão líderes do povo? Até quando a farsa se sustentará?

Não seria melhor usufruir do tempo para olhar o céu com os nossos saudáveis olhos? Ou correr na chuva com nossos fortes pés? Levantar alguém quando se precisa de ajuda? A vida é muito mais que críticas, que ficar estancado nas atitudes dos outros. Traz leveza ao peso cruel desse mundo, transparece amor e respeito, ascende a alma. Espalha tua luz!

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Despretensioso



Queria eu, 
Subir a ponte
E ver o Mundo do alto,

Queria eu,
Pedalar nas ruas
E chegar à algum lugar,,,

Queria não me importar
Tanto com o destino
E começar a pensar no caminho.

A história faz parte da trajetória...
O que vivo desde o início
E o tempo percorrido.

Te desprende do compromisso,
De verdade,
Pelo menos um pouco...

Não te tornas louco,
Vale à pena,
Deixa o sufoco!

quinta-feira, 3 de março de 2016

Contramão



Andei bastante
Na contramão dos sonhos,
No inverso da estrada,
Pra distante deste amor.

Corri até cansar,
Quase paro de respirar
Quis morrer, me afogar...
Amor dói, custa a sarar.

Quanto mais vou andar
Pra suprir tua falta?
Já posso voltar?
Me encontre em casa.

Pensava em ti todas as horas,
O bem e o mal que me fazia
Viver sem ti é tão difícil
Quanto te ter ainda.




terça-feira, 1 de março de 2016

Cadente


No meio das nuvens escuras, 
Eu passo como uma estrela cadente
Rápido, voraz, inocente.

Será a última vez que me verás. 
Isso vai além do antigo amor
E eu não quero ter medo.

O mundo será perfeito...
De algum jeito,
Amanhã vai ser diferente.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Boa Morada


Nem sempre estamos prontos 
Para ouvir certas palavras,
Às vezes são como a chuva 
Tocando a pele em dia de compromissos...
Assim, ao acaso e deixam marcas!

Meu amor, se um dia te deixei sem um abrigo, 
Ou guarda-chuva e até mesmo um cobertor 
Para se proteger do frio, 
Eu peço que me desculpe... 

Desculpe se não evitei minhas revoltas, 
Tuas decepções, teu choro...
Ou por ter deixado molhar a pele
Pensando que tudo poderia ser adiado...
Inclusive compromissos remarcados!

Então, se estou te escrevendo isto,
É por que também estou na chuva...
E peço que segure a minha mão
E não solte,

Faremos de nós, boa morada ao amor 
E aquecidos,
Veremos o sol.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Janela





As janelas devem ser abertas e puladas se as portas continuarem fechadas. Lá fora o mundo toma cor e forma e os olhos deixarão o preto e o branco descansarem. Aqui dentro não há o bastante para viver os meus sonhos se continuar a fazer pelos sonhos de alguém.
Nas mãos a força para escapar, as asas pra voar e os pés levantar daquele mesmo chão que me prendia, me segurava, não me atraía nem acrescentava. Das algemas quebradas não restou nada, nem o gelo no coração.
Pulei a janela, tranquei a porta dos medos e escondi a chave no melhor e mais leve riso. Abraço o hoje e espero a surpresa do amanhã chegar de mansinho.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Um Gole



Deixar ir ou ficar?
No último gole a dúvida,
O suspiro,
A vaidade,
Um Delito...

Esperei mais um pouco
As bolhas se soltarem
E subirem em direção ao nada
E sumiram...

Na noite um drinque,
Risos soltos
E famintos.
Leia-se
Amor doído.