Nutre a alma com tua essência...

sábado, 15 de junho de 2013

Sem Cadeados.



Há muito tempo eu vivi no escuro,
Sem brilho nos olhos, amarrado a correntes imaginárias,
Tendo minhas asas presas às mãos dos reis 
Que escolhiam quem voava ou não...

Esses reis não usavam coroas, nem capas vermelhas aparentes

Mas em seu trono, mandavam em todos,
Assim, indiretamente, 
Pra não perder a majestade.

O espetáculo ilusionava muitos

Que assistiam com direito a pipoca, em frente à tv.
Pareciam não ter ideais, 
Pareciam robôs fabricados em série.
Mas o cansaço chega...

O palácio vibra com os gritos dos sobreviventes

As vozes dos que lutam, aos poucos,
restauram os que se perderam no escuro.
A força toma outro rumo.

Aos poucos, as asas de cada jovem lutador, se abrem,

Alçam voo,
Quebrando correntes e cadeados.
Buscando o escape da verdadeira ditadura em que viviam...

Cada passo simboliza avanço,

Ultrapassa barreiras, 
Vai além dos muros,
Vê o clarão do dia que expressa liberdade incondicional.





                                                    ( -Gabriel Diniz, Belém-PA.2013)










sábado, 1 de junho de 2013

Adrenalina Ilusória



Vejo o meu reflexo, mórbido, deteriorado,
Estagnado, dividido em quatro, 
Em quantas paredes existirem,
Em quantos feixes de luz projetarem minha sombra
Seja ela de perfil, ou qualquer angulo em que me perdi.


É como prova de fogo na noite fria
Procurando meus pedaços espalhados pelo labirinto
As paredes não vão cair
Posso gritar e ninguém vai me ouvir.


Com a mala cheia de sonhos
Uma pitada de magia e mais além, emoção...
Posso voar mesmo sem asas
Ver além dos feixes de luz que projetam minha sombra
Sentir mais além do frio.





E mesmo daí, do ponto de partida
Das voltas dadas em círculos fechados
Além da tontura e da pele gelada,
Me seguro em ti.


Gabriel Diniz.2013. Belém- PA.