Nutre a alma com tua essência...

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Essa Tal "Liberdade"...



Esta imagem refletida não é minha.
A voz que soa baixo não sai de mim.
Eu não sou assim,
Isso é o que a sociedade repressora
Impôs à mim.

Este silêncio que me cala, vai romper.
Ninguém mais pode me empurrar pra outa direção.
Este falso idealismo de liberdade,
É ocultado na chamada sociedade "liberal".
Mas que injustiça... Que opressão!

O medo não está mais junto à mim...
Está nos filhos da pátria passada,
Que não aceitam a divergência de opiniões,
Não permitem o escape às normas criadas...
Por que estas, foram impensáveis, banalizadas!

O que ainda se vê da gente, 
É uma pichação do futuro da nação.
Então mostraremos uma interpretação diferente, lógica,
Daquele desenho abstrato e opressor,
Daquela voz baixa que não soa liberdade...

Respeitem meu corpo, minhas roupas,
Minhas tatuagens e piercings...
Deixem eu ter minhas crenças,
Eu posso ser quem eu quiser,
Eu posso ser melhor que você!

Eu não quero mais ouvir gritos
Apenas dentro de mim.
Não pensem que estou ficando louco,
Só abram a mente e me escutem,
Aceitem o que é normal pra mim!  


  (Gabriel Diniz, Belém-PA.2012.Oquepensoagora.blogspot.com)

                                    *Dedicado a cada alma no mundo que grita por liberdade!



domingo, 22 de julho de 2012

Numa Tarde Gris...



O vento gelado contornava sua face.
Arrastava levemente a areia
Por debaixo do balanço
Que para trás e para frente
Levava seu corpo...

As folhas, caídas no chão do quintal
Amontoavam-se sob seus pés descalços
E escondiam pouco a pouco
Suas pegadas na terra úmida.


A mente, viajava muito mais além
Que seus olhos vazios, opacos...
Ultrapassava a realidade,
Beirava o abismo dos sonhos.

A loucura não fugia da normalidade.
Junto às nuvens cinzas,
Ao frio, à nudez...
O cenário construía-se calmamente.


A monotonia daquele momento
Trazia à tona grande mistura de emoções,
Confusões do pensamento,
Estabilidade do corpo!

Enquanto o embalo desacelerava,
Sua mente estacionava naquilo 
Que lhe fazia bem.
Tudo o que se via ao redor
Agradava...

As mil faces expressas por debaixo da face superficial
Formava o conjunto do coração
E da melancolia passageira...
Algo obstruía essa vontade de viver,
Faltava apenas essa liberdade...


Bastava apenas QUERER!

(Gabriel Diniz, Belém-PA.2012.Oquepensoagora.blogspot.com)