Nutre a alma com tua essência...

domingo, 17 de junho de 2018

Desabafo

Fazia tempo que não vinha por aqui, senti falta do meu cantinho e de me expressar como fazia antes. Aqui no meu refúgio eu posso falar, desabafar, desabar... É como estou me sentindo. Pareço aqueles casarões antigos que espera ansiosamente por uma reforma mas o dono nunca se sentia satisfeito por eu estar velho demais. Seria mais fácil trocar de casa e mesmo se eu derrubei algumas telhas em sua cabeça, ainda sirvo de morada, de abrigo...
Se sou peixe de água doce, não podes me jogar no mar aberto e salgado, eu morreria... Mas quero que saiba se um dia voltares aqui, que eu nadaria o tempo que precisasse pra te fazer feliz. Dói muito pensar em ser trocado, deixado de lado, vazio como um copo de bar após o último gole de cerveja. Quantas mudanças você viu em mim? Quantas mudanças você viu em você?
Eu tento ver teu sorriso  mas ele parece sair forçado, eu te vejo um milhão de vezes mas você não retribui mais... Aqui passa um rio de lágrimas por que todos os tiros que eu dei saíram pela culatra, todos os túneis que cavei para abrigar tua dor, desabaram e eu estou te amparando com os braços, que estão fracos. Preciso que você erga os seus e me ajude.
Minha língua parece não falar a sua, minhas atitudes parecem tão erradas diante da tua crença. Como conseguimos todo esse amor diante da guerra? Tem explicação? Ainda não temos nossa paz mas temos nossa união. Abaixe as armas. Bandeira branca. Chega de perdermos para nós mesmos.